Durante 06 anos a cineasta Tenille Bezerra acompanhou o cantor Mateus Aleluia em uma jornada que atravessa o documentário “Aleluia, o canto infinito do Tincoã”. Pensador inquieto, espírito revolucionário, filósofo e poeta, Mateus Aleluia é um artista que como poucos consegue olhar dentro dos olhos do século. Suas canções são reflexo de uma profunda ligação com a arte de viver. “O sonhador, o homem d’arte, é um anunciador daquilo que há de vir”, ele revela em uma das cenas do documentário que atravessa o início da sua carreira no grupo vocal “Os Tincoãs”, para desaguar na expressão artística atual de Mateus. “O oceano que nos separa também nos une”, assim é que o filme transita entre Luanda e Cachoeira sem fazer distinção dos lugares em um gesto marcante de compor uma geografia íntima, por onde o tempo passeia e a todo momento se bifurca: “estamos falando de 1966, mas basta fechar os olhos que estamos vivendo isso agora”. “Aleluia, o canto infinito do Tincoã” dialoga com o ponto de vista do personagem, suas memórias, criando um imaginário da sua visão de mundo, cuja expressão poética encontra abrigo no trabalho musical, e indo além, revelando um agudo pensador do Brasil nos dias atuais. Financiado pelo Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, da Ancine e do Fundo Setorial do Audiovisual o documentário Aleluia, o canto infinito do Tincoã, marca a estréia de Tenille Bezerra na direção de longa-metragem.